
Atualmente as associações sem fins lucrativos e de âmbito local como a que pertenço na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, debatem-se com inúmeras dificuldades a vários níveis, como por exemplo, a burocratização na sua criação, a sua manutenção legal e ao mesmo tempo e muito importante a falta de capital humano para integrar os seus órgãos sociais e participar nas atividades diárias.
Ao longo dos últimos 25 anos sempre fiz parte de várias associações de vários tipos, desportivas, voluntariado e agora a Associação Viver Macieira e tem sido recorrente a dificuldade de angariar jovens, pessoas que se disponibilizem para trabalharem por uma causa, tem sido uma realidade que os persistente e mais antigos membros tentam colmatar. Hoje em dia os jovens, dada a sua especificidade de vivências tecnológicas, têm dificuldade de se associarem em grupos além das suas rotinas na web, fruto de novos conhecimentos e uma informação mais rápida e descartável que os leva a abraçar outras causas, daí que os elementos que integram hoje as diversas associações na nossa localidade são sempre os mesmos desde há muito tempo. A revitalização o tecido humano das associações tende a persistir no tempo e é muito difícil convocar novas pessoas.
Nesta fase que vivemos, de incerteza por causa desta pandemia, vejo com apreensão o desaparecimento de várias associações que em virtude do cancelamento das suas atividades tendem a esmorecer a sua intervenção ou não manter as suas atividades fruto da falta de elementos, daí que o meu apelo seja para os resistentes, no sentido de se revigorarem e tentar motivar jovens. Definir atividades e metas de intervenção que vão ao encontro dos anseios, necessidades e gostos dos jovens é o desafio que se deve empreender para não deixar “morrer” estes grupos associativos.
Neste sentido e no propósito da associação a que pertenço, destaco a necessidade de revitalizar os costumes da freguesia, a preocupação com o meio ambiente e a necessidade de partilha de saberes intergeracionais. É de salientar a necessidade de apoio nas entidades municipais e nacionais para suportar as atividades que se definem e que visam o bem comum da população a que se destinam.
Por: Pedro Manuel Ferreira Rodrigues (Presidente da Mesa da Assembleia Geral Associação Viver Macieira )
(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)
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